Desde 2014, os números de deslocamentos forçados têm crescido de maneira drástica e em ritmo elevado, principalmente na América Latina e no Caribe. Neste contexto, diversos países enfrentam uma demanda sem precedentes e, como consequência, têm o desafio de dar respostas que garantam tanto o acolhimento adequado, com dignidade e humanidade, como a integração local dessas pessoas forçadas a se deslocar. O Brasil mantém
uma política generosa de asilo, especialmente através da resposta de emergência “Operação Acolhida”, que completará dois anos no mês de março.
Considerando o cenário de aumento exponencial de pessoas forçadas a se deslocar nos últimos anos e o seu reflexo no Brasil, torna-se fundamental que a ajuda humanitária prestada aos refugiados e migrantes venezuelanos seja ainda mais efetiva. Um dos eixos de resposta é a interiorização, que busca reduzir o impacto da chegada dessas pessoas em Roraima, de modo a terem oportunidades de integração social e inserção no
mercado de trabalho em outros estados. Desta forma, famílias de refugiados e migrantes podem recomeçar suas vidas e contribuir para o crescimento nos locais de acolhida no Brasil. Desde o início da operação em 2018, mais de 25 mil pessoas foram interiorizadas de Roraima para outros estados do país. Entende-se que essa posição se insere no contexto de apoio técnico ao Ministério da Cidadania aos procedimentos de interiorização.
Declaração funcional:
Apoiar o Ministério da Cidadania no desenvolvimento e fortalecimento da estratégia de interiorização no âmbito da Operação Acolhida
Responsabilidade:
▪ Apoiar no acompanhamento de vôos de interiorização;
▪ Apoiar na identificação de estados e municípios que podem ser receptores de refugiados e migrantes, bem como apoiar na articulação com autoridades estaduais e municipais em relação à estratégia de interiorização;
▪ Auxiliar em reuniões sobre temática da resposta emergencial aos venezuelanos;
▪ Auxiliar nos procedimentos de coordenação dos Subcomitês federais de Interiorização e Acolhimento.
Autoridade:
▪ Propor soluções para os desafios identificados que dificultam a eficiência do procedimento de interiorização;
▪ Escalar os casos em que eles não podem ser resolvidos no nível do escritório.
Qualificações e experiência mínimas essenciais:
▪ Conclusão de graduação em Ciências Sociais (Direito, Relações Internacionais, Sociologia, Ciência Política, Serviço Social, Pedagogia etc.);
▪ Mínimo de 1 ano de experiência relevante anterior na área de refúgio e/ou assistência social;
▪ Fluência em português e conhecimento prático de espanhol e inglês;
▪ Disponibilidade para viagens.
Qualificações e competências desejáveis:
▪ Mestrado ou Pós-Graduação em Ciências Sociais ou afins;
▪ Fluência em outros idiomas;
▪ Experiência anterior de trabalho com governos e procedimentos de refúgio;
▪ Capacidade de se comunicar com funcionários de diferentes origens, bem como abertura para apoiar, conforme necessário;
▪ Capacidade de entender procedimentos, estruturas e autoridade do governo;
▪ Capacidade de propor soluções para os desafios identificados.
Elegibilidade
Todos/as os/as candidatos/as devem atender aos requisitos mínimos essenciais do cargo e os/as candidatos/as de outras nacionalidades devem cumprir todos os requisitos de elegibilidade para o emprego, de acordo com os pré-requisitos legislativos vigentes no país.
Submissão de candidaturas:
Se você deseja ser considerado/a para esta vaga, envie sua carta de motivação (apenas 1 página) e seu o Personal History Form assinado e preenchido em PORTUGUÊS para brabrhr@unhcr.org até 9 de fevereiro de 2020, com o assunto “BRABR/2020/011 – Assistente Júnior, Brasília”. Os arquivos da candidatura devem ser nomeados com o nome completo do/a candidato/a, ex “NOME, SOBRENOME – PHF”
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