Uma das principais preocupações do estudante de Relações Internacionais se refere à entrada no mercado de trabalho. Quais são as oportunidades de emprego para um analista internacional? Ficamos restritos apenas à diplomacia?
Pensando nisso, o What´s Rel? trouxe mais detalhes sobre uma das diversas possibilidades de trabalho para um analista internacional: Câmaras de Comércio.
As Câmaras de Comércio possuem como principal objetivo fomentar as relações comerciais entre dois países a partir da conexão entre empresas, setores industriais específicos e organizações que desejam ampliar seus mercados e novos negócios. Mas não para por aí; o investimento em novas tecnologias, difusão de conhecimento, promoção da cultura, intercâmbio de serviços e todos os aspectos que interferem na economia bilateral também são tratados pelas câmaras de comércio. É interessante lembrar que, geralmente, são organismos sem fins lucrativos, e recebem financiamento para seus projetos e manutenção do governo estrangeiro a que estão ligadas. Nesses casos, seu objetivo não é lucrar diretamente por meio de atividades, mas a capacidade de influenciar movimentações financeiras entre os dois países.
Essas instituições são uma importante porta de entrada para uma empresa se inserir em um novo mercado, isso porque elas têm o papel fundamental de ajudar a empresa a entender o mercado local, as particularidades daquele país, os possíveis pontos de sinergia entre o serviço oferecido e a necessidade daquele mercado, através de uma consultoria especializada; e ninguém melhor do que um analista internacional para se debruçar sobre pesquisas de mercado, desenvolvimento de novas tecnologias que podem ser investidas no Brasil ou no país relacionado, trocas comerciais interessantes a seus clientes, além da difusão da cultura estrangeira no seu território.
As Câmara promovem cursos profissionalizantes voltados para a formação de mão de obra qualificada, tanto para o trabalho no Brasil como no exterior, organizam eventos para expandir a rede de contatos das empresas e possíveis parceiros, realiza consultorias para interessados em expandir seus negócios no país representado pela Câmara, assim como recebem missões empresariais estrangeiras interessadas em desenvolver e investir no Brasil; além de muitas outras atividades orientadas para o desenvolvimento e cooperação econômica bilateral.
Por isso, se você pensa em aprofundar seu contato com uma cultura específica, aprender mais sobre os principais setores da economia desse país e seus expoentes empresariais, além de descobrir novas tecnologias e investimentos em voga na cooperação bilateral, as câmaras de comércio são um ótimo ambiente para tudo isso e muito mais.
O internacionalista que busca uma vaga nesse mercado, além do inglês, é interessante ter domínio da língua do país parceiro, além de demonstrar conhecimentos gerais sobre a cultura local e estar por dentro dos principais setores econômicos e tendências dos negócios empresariais que movem a região. Entender a política local e suas relações com o Brasil também é fundamental para realizar um trabalho coerente e bem alinhado com os objetivos da associação e de seus clientes.
Abaixo, deixamos uma lista de Câmaras de Comércio que se destacam no Brasil. Lembrando que algumas delas possuem filiais por todo o Brasil:
- Câmara de Comércio Americana: https://www.amcham.com.br/
- Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha: https://brasilien.rio.ahk.de/pt/
- Câmara de Comércio Portuguesa: http://www.camaraportuguesa-rj.com.br/
- Câmara Ítalo-brasileira de Comércio e Indústria: https://camaraitaliana.com.br/
- Câmara de Comércio França-Brasil: https://www.ccfb.com.br/
- Câmara de Comércio Britânica: https://britcham.com.br/
- Câmara de Comércio Brasil-Canadá: https://ccbc.org.br/
- Câmara de Comércio de Bogotá: https://www.ccb.org.co/
Se você nos acompanha há mais tempo, já sabe que uma das experiências de carreira da fundadora do What´s Rel? foi em uma Câmara de Comércio e ela te conta tudo, desde processo seletivo a como usar os conhecimentos adquiridos para desenvolver sua carreira, no livro “Por que o mundo precisa de internacionalistas?”
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