Entrevista com Fernanda Nanci – Oportunidades na Área Acadêmica

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Entrevista com Fernanda Nanci - Oportunidades na Área Acadêmica
Fernanda Nanci

 

Seguindo a série de entrevistas com profissionais formados e atuantes na área de Relações Internacionais, hoje, o What´s Rel? traz na íntegra a Entrevista com Fernanda Nanci – Oportunidades na Área Acadêmica, com o depoimento completo de sua trajetória

Formada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Unilasalle – Niterói, pós-graduada em Gerenciamento de Projetos pela UFF, mestre em Relações Internacionais pela PUC – Rio e doutora em Ciência Política pelo IESP/UERJ, Fernanda Nanci possui mais de 15 anos de carreira nas Relações Internacionais.

Atualmente, é coordenadora e professora de cursos de graduação em Relações Internacionais e sócia da ‘Go Global Consultoria e Treinamento’.

1. Em que momento se deu conta de que seguiria a carreira acadêmica?

Se você me perguntasse no meu primeiro dia de aula da faculdade o que eu queria seguir como carreira na área de Relações Internacionais, minha resposta seria trabalhar com comércio exterior, até porque eu fazia faculdade de Administração ao mesmo tempo em que cursava RI. Na época, eu achava que conseguiria unir as duas áreas no campo de comex. No entanto, ao longo da faculdade eu fui me apaixonando por RI. 

Tive uma experiência muito legal de estágio em cooperação internacional e participei de projetos de pesquisa na faculdade. Essas experiências me abriram os olhos para a área acadêmica como uma possível área de atuação profissional que poderia ser complementar à outras atividades que eu poderia desempenhar como internacionalista. Também tive excelentes professores ao longo da graduação, que me incentivaram muito a fazer um mestrado, fosse para dar aula no ensino superior ou mesmo para ter pontuação em possíveis concursos públicos, o que também era uma opção na época em função de grande oferta de vagas. 

Então, ao concluir a graduação, ingressei no mestrado em RI na PUC-Rio, que tem forte viés acadêmico. Ao concluir o mestrado comecei a trabalhar em uma Consultoria de Empresas, participando de projetos de melhoria de processos e de gestão de projetos em empresas multinacionais. Na mesma época, surgiu a oportunidade de atuar como docente no curso de graduação pelo qual me formei e, sem dúvidas, foi a partir do momento em que comecei a trabalhar efetivamente como professora que me apaixonei pela sala de aula, pelo convívio com os alunos e por tudo o que envolve o processo de ensino-aprendizagem. Ali eu percebi que tinha feito uma escolha!

2. Sempre foi uma opção ou foi uma decisão que te surpreendeu?

Não digo que sempre foi uma opção porque comecei a realmente considerar a carreira acadêmica na reta final da minha graduação, quando estava no meu último ano. Como ingressei no mestrado logo após concluir o bacharelado, tive dois anos de muito estudo e preparo para a vida acadêmica e acredito que o período do mestrado foi decisivo para que eu amadurecesse a ideia de atuar como docente na área de RI. A opção pela carreira acadêmica aconteceu de forma processual, mas muito natural para mim, conforme eu fui amadurecendo enquanto estudante de graduação, mestranda e pesquisadora. Talvez a decisão surpreendesse a “Fernanda do início da graduação”, mas não a “Fernanda do final do curso”.  

3. Conte um pouco da sua trajetória profissional e sua situação atual.

Eu sempre busquei explorar as oportunidades profissionais que se abriam para mim. No meio da faculdade eu consegui um estágio em um órgão público, o INPI, na área de Cooperação Internacional. Foi a minha primeira experiência no campo de RI. Fiquei um ano neste estágio e foi uma oportunidade incrível de aprender sobre protocolo, cerimonial, organização de eventos, gestão de projetos. Além disso, eu tive a oportunidade de acompanhar reuniões, realizar pesquisas e ver de perto os bastidores das decisões governamentais. Na época, 2008, a área de RI ainda era muito mal compreendida pelas empresas e era muito difícil conseguir um estágio que fosse especificamente destinado a internacionalistas, então esse estágio foi muito bacana por me permitir ter uma vivência dentro da área. Por outro lado, era um estágio em órgão público e eu não tinha expectativa de contratação, além de que pagava muito pouco (mesmo!). 

Quando finalizei meu contrato comecei a estudar para o processo seletivo do mestrado da PUC-Rio, que passei com bolsa do CNPQ. Ingressei no mestrado em 2009 e percebi durante essa vivência a possibilidade de seguir a carreira acadêmica, embora eu também quisesse experimentar o trabalho no setor privado, na área de negócios. Então, quando eu estava concluindo meu mestrado comecei a enviar CV para empresas no setor de Consultoria e consegui meu primeiro emprego com carteira assinada na área.

A experiência com consultoria empresarial abriu meus olhos para o mundo dos negócios e tive que me atualizar com conhecimentos que nunca tinha visto na graduação, como gestão de projetos e processos. Era muito bom porque a empresa investia em nossa formação e fiz vários cursos, além de ingressar também em uma pós-graduação em Gestão de Projetos por perceber que poderia me abrir portas no futuro, se eu optasse por continuar investindo no setor de consultoria e gestão. Nesse período, tive a oportunidade de participar de projetos em empresas multinacionais do setor de energia e aprendi muito. 

Pouco tempo depois, surgiu a oportunidade de atuar como docente em uma IES na área de RI. Para conseguir unir as duas frentes, tive que sair da empresa e optei por trabalhar em uma consultoria menor em que tinha mais flexibilidade de horário. Assim, eu consegui atuar por mais alguns anos unindo projetos de consultoria e carreira acadêmica. Era uma rotina pesada, com entregas de projeto, inúmeras reuniões e mais toda a atividade docente (eu lecionava 16h na semana). Mas, eu adorava as duas frentes. 

Até que no ano de 2015 eu tive a promoção na IES em que trabalhava para me tornar coordenadora do curso de graduação e pensei que era uma oportunidade para investir na carreira acadêmica e finalmente ter tempo para fazer o doutorado, que era um plano antigo. A partir desse momento mergulhei de cabeça na carreira acadêmica, atuando como docente e coordenadora de curso. Aprendi sobre processos acadêmicos, me tornei avaliadora institucional pelo MEC, elaboradora de itens para o ENADE, integrei comissões diversas na faculdade em que trabalhava para discutir tanto questões administrativas da IES como pedagógicas do curso. Também integrei grupos de pesquisa diversos na faculdade e coordenei uma Unidade de Inteligência Comercial, produzindo relatórios que subsidiavam análises do Governo do Estado do Rio de Janeiro, via projeto financiado pela FAPERJ. 

Em paralelo ao meu trabalho enquanto acadêmica, cursava o meu doutorado em Ciência Política no IESP-UERJ. Lá explorei todas as oportunidades que existiam no programa. Nesse sentido, atuei como pesquisadora no OPSA, com a professora Maria Regina Soares de Lima, e no NEAAPE, com a professora Leticia Pinheiro, minha orientadora do doutorado. Hoje, ainda atuo nestes dois grupos: como colaboradora do OPSA e como coordenadora do NEAAPE junto com a profa Leticia. Mas, o caminho até aqui foi árduo, pois nunca foi fácil unir 40h de trabalho na faculdade, com os estudos do doutorado, pesquisas e ainda elaboração da tese. 

Conclui o doutorado em dezembro de 2019 e em março de 2020 eclodiu a pandemia, impactando o ensino superior de formas antes nunca imaginadas. Com a nossa vida toda “online” pensei que seria um momento propício para começar a tirar do papel um sonho antigo: um projeto de abrir uma empresa que ofertasse consultoria e treinamentos focados nas necessidades dos internacionalistas, principalmente envolvendo temas afetos à inserção no mercado de trabalho. Então, em novembro de 2020, junto com mais duas amigas fundei a Go Global Consultoria e Treinamento (@goglobal.ct). Desde então, a empresa cresceu no escopo de consultorias que oferecemos (projetos acadêmicos, mobilidade internacional, carreira para internacionalistas) e treinamentos online (Internacionalização de Empresas, Negócios Internacionais, Negociação, Análise de Cenários, Mercado de Trabalho, etc). 

Em paralelo à rotina empreendedora da Go Global, continuo atuando como docente na IES em que sou coordenadora de curso (Unilasalle-RJ) e assumi como professora substituta no IRID na UFRJ, atuando como docente de disciplinas focadas em mercado de trabalho com temas sobre negócios e negociação internacional. Na verdade, a minha trajetória não é linear e engloba diferentes experiências no setor de ensino e de negócios, áreas que estou sempre em busca de conciliar porque são as que me sinto realizada. 

 

4. Acredita que o estudante e profissional de RI é carente de informação sobre carreira? O que tem a nos dizer sobre isso?

Sim, acho que infelizmente ainda temos poucas informações consolidadas sobre o mercado de trabalho e a carreira do internacionalista. Acredito que isso ocorre porque RI é um curso relativamente novo no país e não temos uma profissão bem definida e regulamentada, o que faz com que não exista uma especificação clara do que é um internacionalista. Mas, por outro lado, essa fragilidade também gera uma oportunidade para nós, pois podemos trabalhar em frentes diversas, disputando vagas no mercado com administradores, economistas, bacharéis em Direito, Letras entre outras áreas. 

Sem dúvidas, existe mais informação sobre a área hoje em dia e, inclusive, o papel do WhatsRel tem sido fundamental para ampliar o conhecimento sobre RI enquanto campo de atuação, bem como a criação da ANAPRI e a existência, hoje, de tantos perfis bacanas no Instagram que compartilham informações de qualidade sobre a área e sobre as possibilidades de carreira existentes.

Eu sempre busco descontruir a ideia estabelecida de que “não existe vaga para RI no mercado”. É claro que existe, mas o problema é que, na maioria das vezes, os estudantes ou recém-formados não sabem o que procurar e nem onde pesquisar. Enquanto professora, convivendo com estudantes todos os dias nas salas de aula, sempre falo sobre mercado de trabalho, dou dicas e orientações. Sempre que posso convido ex-alunas/os para falarem sobre suas experiências e convido profissionais da área. É importante criar o networking. Pela Go Global também é essa uma das nossas missões: gerar informações de qualidade sobre as diferentes oportunidades que existem na carreira de um internacionalista.

5. Quais dicas considera importantes para analistas internacionais que desejam seguir a carreira acadêmica?

Quem deseja seguir a área acadêmica precisa se preocupar com o CV Lattes e as atividades associadas a ele, como por exemplo pesquisa de iniciação científica (IC), monitorias, bolsas de pesquisa de IC, participação em congressos acadêmicos, apresentação de trabalhos em eventos, assim como publicação de artigos. Existem revistas especializadas em publicação de artigos de graduandos em RI, inclusive. 

Para além destas tarefas que podem ser realizadas durante a graduação, quem desejar seguir a carreira acadêmica precisa cursar obrigatoriamente uma pós-graduação stricto sensu (mestrado) e seguir após o mestrado com o doutorado. Com mestrado já é possível atuar como docente em diversas IES, mas se o objetivo for prestar concurso público para professor efetivo em universidades estaduais ou federais, o doutorado é essencial. 

 

6. Você possui mestrado em Relações Internacionais e doutorado em Ciência Política.   Como foi a definição dos temas de pesquisa e qual foi o motivo de terem sido em áreas diferentes, apesar de estarem bastante interligadas?

Na época em que me formei na graduação (2008) não existiam tantos cursos de mestrado em RI como atualmente. No Rio de Janeiro, a única opção era a PUC-Rio, que já tinha um programa bastante consolidado. À época eu achava que o ideal era continuar me especializando na área de RI, para aprofundar conhecimentos que tinha adquirido ao longo da graduação e poder dar aulas especificamente no campo. Mas, como minha pesquisa no mestrado era sobre processo decisório em política externa, comecei a perceber durante a escrita da dissertação que a minha área de estudo tinha total conexão com Ciência Política (CP), em especial, com os estudos de políticas públicas. Ali já tomei a decisão: se eu fosse ingressar no doutorado, faria na área de CP para estabelecer um melhor diálogo entre a literatura de Análise de Política Externa e de Ciência Política. Além disso, no nível do mestrado eu já tinha adquirido conhecimento suficiente sobre a literatura de RI e sentia vontade de mudar um pouco de área. Foi realmente a melhor opção que fiz: o doutorado em CP abriu novos horizontes para minha pesquisa e agregou demais à minha formação enquanto pesquisadora e professora. Me sinto muito mais preparada hoje com as duas pós-graduações tendo sido em áreas distintas, pois uma complementa a outra. 

Sobre os temas de pesquisa, tanto no mestrado quanto no doutorado entrei nos programas com propostas distintas das que se tornaram minha dissertação e minha tese. Nunca tive facilidade para escolher meu tema, pois eu sempre pensava em muitos objetos de pesquisa que eu gostaria de analisar. Tratando sobre a escolha, no mestrado, cursei uma disciplina sobre Cooperação Internacional para o Desenvolvimento que gostei muito e que se aproximava da minha experiência de estágio no INPI, então optei por investigar a agenda de cooperação brasileira para países africanos, analisando processo decisório e atuação do MRE e da ABC. No doutorado, sem dúvidas foi a minha participação no OPSA e no NEAAPE, grupos de pesquisa, que influenciaram a minha escolha do objeto: estudo comparado de política externa e de defesa no Brasil e na Colômbia. E claro, muita conversa com a minha professora orientadora!

 

7. Quais são temas que considera importantes para o Brasil, mas que são pouco estudados pelos analistas internacionais brasileiros?

Têm muitos temas que ainda são subexplorados. Um deles é um tema central para a economia brasileira e a inserção internacional do país: o agronegócio. Mesmo o agro sendo responsável por 20% do PIB brasileiro, se fizermos um levantamento de TCCs, dissertações e teses de RI, são poucos os que se dedicam a analisar o setor, sua importância para a política externa brasileira, como se dá o processo de tomada de decisão na área, a relação entre Executivo e Legislativo e as inúmeras tensões decorrentes da produção agropecuária com movimentos sociais, indígenas, etc.

Outro tema que julgo essencial e que é praticamente inexistente nas grades curriculares de RI, além de carecer de mais estudos é internacionalização de empresas. São abundantes os exemplos de empresas nacionais bem-sucedidas em seus processos de internacionalização e ainda é praticamente restrito aos administradores realizarem estes estudos. 

Aliado ao tema da internacionalização, posso destacar outras temáticas vinculadas ao mercado de trabalho e que praticamente não são existentes nos TCCs, teses e dissertações no país: diplomacia corporativa, inteligência comercial, análise de cenários. Também acho que a paradiplomacia é um tema explorado aquém do que deveria e digno de pouca inovação em termos de teorias e métodos de estudo, diante de tantos exemplos bem-sucedidos no nosso país e no mundo.   

Por fim, ressalto estudos de política comparada. Acredito que uma excelente forma de produzir conhecimento é por meio da comparação e vejo que ainda tem bastante espaço para a produção de estudos comparados do Brasil e de países sul-americanos, em especial, em áreas diversas. Seja no campo das high politics, como defesa, seja no das low politics, como meio ambiente, saúde e direitos humanos. 

 

8. Você possui diferentes experiências internacionais na sua carreira. Poderia nos contar um pouco mais sobre essas vivências e o quanto você as considera importantes para a formação de um internacionalista?

Vou destacar aqui apenas três vivências internacionais, mas que foram as que mais marcaram minha vida por motivos distintos.

A primeira experiência foi um projeto de voluntariado que participei pela faculdade como comemoração da conclusão da graduação, em Moçambique, em janeiro de 2009. O voluntariado internacional em um país menos desenvolvido que o Brasil, situado no continente africano e que havia saído de uma guerra civil há poucos anos foi um divisor de águas na forma como eu encarava a vida. Fui para o projeto como voluntária achando que ia ensinar as crianças do projeto, mas na verdade quem mais aprendeu fui eu. Voltei dessa viagem diferente e essa vivência também me incentivou a pesquisar países africanos no mestrado. 

A segunda experiência que gostaria de ressaltar foram dois programas de liderança global que participei, um na China em 2017, e outro no Uruguai em 2019. Em ambos participei como organizadora e fui responsável por acompanhar os alunos da faculdade. Os programas duraram até 15 dias e buscaram aproximar os estudantes da realidade cultural, política, social e econômica dos países. No caso da China foi um programa incrível, onde ficamos imersos em uma outra realidade. Conhecer a China por dentro, ter acesso às suas universidades e professores, conversar com policy makers, visitar instituições chinesas (como jornais e think thank), e conhecer a sede de empresas brasileiras como Petrobras, Vale e APEX foi simplesmente sensacional! Vi de perto a potência que a China é! No Uruguai também foi maravilhoso ter a oportunidade de visitar o Mercosul, a ALADI e realizar visitas à Embaixada brasileira, a universidades e à instituição diplomática do país. Conhecer de perto a política regional e o nosso vizinho abre os nossos olhos para a importância da região. Foram dois programas incríveis e que só agregaram a minha formação enquanto internacionalista. 

Por fim, destaco a minha experiência enquanto pesquisadora visitante na Colômbia durante o doutorado, em 2018 e 2019. Tive a oportunidade de fazer pesquisa de campo no país para a minha tese e fiquei vinculada a duas universidades em ocasiões distintas. Tive acesso a bibliotecas, fontes primárias, livros que só encontraria no país, além de ter contato com diversos especialistas no tema que eu pesquisava, o que agregou enormemente à minha pesquisa. Sem contar que é maravilhoso ter a experiência de conhecer e viver um período, mesmo que curto, no país que você pesquisa. Fez toda a diferença para a conclusão bem-sucedida da minha tese.

 

 

9. Em que medida seus relacionamentos interpessoais (networking) foram importantes na sua carreira?

Extremamente importantes! Desde a graduação, passando pelo meu estágio, grupos de pesquisa, mestrado, alunos, colegas professores, clientes e colegas de consultoria. O mercado está sempre conectado, as pessoas se conhecem, se indicam e muitas portas se abriram para mim devido a boas relações interpessoais e indicações. Na Colômbia, por exemplo, quando fiz pesquisa de campo, tive muitas portas abertas em função de relacionamentos que estabeleci por e-mail, antes mesmo de chegar no país. Consegui entrevistas com especialistas, lideranças e diplomatas em função de networking. Na Go Global, por exemplo, sem dúvidas o networking abre portas para nós! Quantos alunos nossos não chegam em nossos cursos ou contratam nossos serviços devido a terem boas indicações? Networking é essencial, sem dúvidas!

 

 

10. Quais são seus objetivos profissionais?

Meus objetivos profissionais no momento estão muito associados a missão do ensino e a toda a transformação que a educação promove. São 11 anos atuando como professora na área de RI. Eu já perdi as contas de quantos alunos formei, orientei e participei de bancas ao longo desse caminho. Se para cada aluno que passou por mim eu tiver feito um pouco de diferença na formação, já estou feliz! E esse objetivo de transformar vidas por meio da educação está muito associado com o que faço hoje em sala de aula como docente ou como coordenadora de curso, mas também tem tudo a ver com  o projeto da Go Global e com nossa missão de contribuir para a formação de pessoas e de suas carreiras voltadas ao internacional. Na Go Global, sem dúvidas, o objetivo é expandir nossa base de clientes de consultoria e os nossos alunos em treinamentos. Na educação superior, continuar atuando de forma apaixonada pela área, mantendo sempre o compromisso com a qualidade. 

 

 

11. Pensando na Fernanda no início da carreira, ainda na faculdade… se pudesse dar um conselho, qual seria? 

Explore todas as oportunidades que surgem, estabeleça boas relações e faça networking nos distintos setores. Invista em idiomas, participe de grupos de pesquisa, fique atenta a bolsas de estudo, programas de liderança internacionais, voluntariado e monitorias! Confie na sua capacidade e não tenha medo de errar e mudar!

 

 

E aí, curtiu saber mais sobre a carreira acadêmica na perspectiva de uma profissional experiente no setor? Anota as dicas da Fernanda e não perca as próximas entrevistas 😉

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