O Filme Ponte dos Espiões não é só mais um filme sobre Guerra Fria. O longa, baseado no romance homônimo de Giles Whittell, é também um ótimo instrumento de aprendizagem para nós internacionalistas. Dirigido por Steven Spilberg, o filme aborda de maneira didática conceitos importantes das relações internacionais, como a soberania nacional, em seus momentos de suspense e tensas negociações.
A trama tem início quando um espião britânico acusado de trabalhar para os soviéticos é capturado pelos Estados Unidos. Então, James Donovan (Tom Hanks), um advogado de seguros sem ligações com o governo, recebe a ingrata missão de defendê-lo. O caso, no entanto, ganha proporções gigantescas quando, três anos depois, um piloto americano é capturado pela URSS, e Donavan é responsável por negociar seu resgate na cidade de Berlin Oriental, oferecendo em troca o espião soviético, evitando assim uma escalada no conflito entre as duas superpotências.
Ponte de Espiões adota um discurso político humanitário e ousado O herói é um defensor dos direitos humanos e da superação dos preconceitos. Trata-se de um advogado que respeita mais a lei do que a conveniência pessoal e que acredita em levar princípios até o fim, mostrando-se capaz, inclusive, de reconhecer qualidades no “inimigo”:um símbolo da civilização que se afirma sobre a barbárie. Senão, como ele acredita, nos tornamos todos bárbaros.
Durante o filme, é possível compreender importantes aspectos de uma negociação internacional e em diversos momentos é quase inevitável fazer ligações com situações contemporâneas – os prisioneiros de Guantánamo vêm à mente em mais de uma ocasião. Ponte de Espiões é, portanto, um prato cheio para analistas internacionais interessados em negociação e direitos humanos!
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- Filme: Ponte de Espiões
- Duração: 2h12min
- Indicado ao Oscar de Melhor Filme em 2016
Assista ao Trailer Oficial:
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