A arte é um mecanismo de influência e reconhecimento de um país na sociedade internacional; e como tudo que é político está ligado às Relações Internacionais, essa se torna mais uma área em que o internacionalista pode atuar. Você possui afinidade com manifestações artísticas como dança, teatro, música e cinema? Então você tem grandes chances de encontrar um emprego que conecte sua paixão com a graduação em RI.
1- Ao contrário do que parece, existem diversas as opções
A ideia é encontrar empresas e instituições onde o produto ou serviço final seja compatível com a arte que você se identifica ou até mesmo produz. Se você ama o mundo da música, pode procurar vagas em gravadoras ou migrar para produção de eventos e festivais. Já no campo da pintura, muitas galerias já estão colocando como requisito a formação em Relações Internacionais para realização de algumas atividades. No caso de estética e design, procure empresas do segmento da moda. Além disso, há instituições como museus, escolas e ateliês de arte e empresas de consultoria artística.
2- As formas de atuação também variam
Artes no setor privado
Em empresas e instituições do setor privado, já mencionadas acima, o profissional de RI pode ser alocado em processos administrativos e de comunicação, muitas vezes ligados às relações da empresa com o exterior, devido ao domínio de idiomas. O profissional poderá atuar nos bastidores da produção de eventos artísticos, também passando pelos campos supracitados. Em um festival como o Rock In Rio, por exemplo, o internacionalista pode concorrer a vagas para realizar a conexão entre os artistas internacionais e suas agências e o evento.
Artes na área acadêmica
Além das atividades práticas, é possível explorar a Arte por meio da carreira acadêmica. Você pode pesquisar as relações entre cultura e política externa; o papel de práticas artísticas e culturais para determinado grupo social; a utilização da arte como instrumento de dominação de um governo específico; entre outras mil possibilidades. Muitas universidades nacionais e internacionais oferecem mestrados e pós graduação em Artes com um contexto internacional, podendo ser um caminho para quem quer seguir a carreira.
Artes na Diplomacia Cultural
A chamada Diplomacia Cultural é um instrumento essencial de aproximação entre Estados, contribuindo para construção de vínculos culturais e linguísticos entre eles. Ela engloba a formulação de políticas públicas que visam abrir mercados para a indústria cultural em determinado país. Neste campo, o internacionalista encontra oportunidades em órgãos públicos relacionados ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e ao recém-criado Ministério da Cidadania, auxiliando o Estado a promover estas ações. Assim, você encontrará cargos em instituições como a Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), Agência Nacional do Cinema (ANCINE), Divisão de Acordos e Assuntos Multilaterais Culturais (DAMC), Divisão de Operações de Difusão Cultural (DODC) ou a Divisão de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP), sendo estas três últimas partes do departamento cultural do MRE.
3 – Como se destacar na área?
Para trabalhar no campo das artes, você pode se destacar através do olhar estético, crítico, poético e criativo, aliado as skills características de todo internacionalista: diplomacia, empatia e habilidades de comunicação. Afinal, a arte nada mais é do que mais uma forma que o ser humano criou para se comunicar. A facilidade para lidar com relações culturais também é um ponto a favor do profissional de RI.
Por fim, nossa dica extra para você é: tente se inserir no campo artístico para obter contatos. Você pode não ter especificamente o dom da produção artística em seu sentido literal, mas sua formação pode ser bem vista no mercado no campo do gerenciamento e propagação desta arte produzida por terceiros.
Esse post foi produzido pela internacionalista Marina Fontoura e adaptado pela estudante de Relações Internacionais Raquel Gomes.
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