Apesar de vivermos em um mundo cada vez mais globalizado, as diferenças culturais não deixaram de existir e a acurada percepção dessas diferenças é o que singulariza o profissional de RI. Estar atento às diferenças culturais existentes entre distintas sociedades, isto é, ser multicultural, faz parte da carreira do internacionalista. Na nossa profissão é comum encontrarmo-nos em situações que ser capaz de adaptar-se a cenários culturais diversos é inevitável e, inclusive, esperado . Não é a toa que um dos focos da nossa área de estudo são os aspectos culturais das sociedades.
Por cultura, compreendemos o sistema de valores que é compartilhado por uma sociedade e transmitido por gerações. Os diversos aspectos da cultura são então relacionados entre si e há aspectos que se pode perceber com mais facilidade do que outros. Em outras palavras, seguindo o “modelo do iceberg”, há aspectos culturais que são visíveis, a exemplo do idioma, vestimenta, estilo de vida, hábitos alimentares, etc e há aspectos invisíveis, como os valores sociais e morais, códigos não verbais, concepções de passado e futuro e questões éticas e comportamentais.
A cultura influencia até mesmo a nossa forma de fazer negócios e tomar decisões. Por isso em interações com vistas a fazer negócios com pessoas de diferentes contextos sócio-culturais, pensar em como se portar é importante, pois, cotidianamente negociações são colocadas em risco por causa das minúcias culturais. Isso acontece porque comportamentos que são considerados aceitáveis para determinada sociedade podem não ser para outra.
Em temáticas como marketing internacional, comércio exterior e internacionalização de empresas, a cultura também tem seu papel. Compreender os aspectos culturais do país que se quer internacionalizar ou exportar, o comportamento do consumidor do país de destino são fatores decisivos no processo de internacionalização de uma empresa.
Sabendo agora o quão importante os aspectos culturais são na vida profissional do internacionalista, quais dicas você acha mais importante para lhe dar com essas diferenças? Conte para gente. Estamos preparando a parte 2 desse post com dicas e sua contribuição é fundamental.
Este artigo foi produzido com a ajuda da estudante de Relações Internacionais da UFF e Colaboradora Voluntária Julie Guedes
