O QUE FAZ UM ANALISTA INTERNACIONAL?

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Você já reparou como na maioria dos Programas de Trainees das empresas sempre têm vaga para o profissional de RI, mas que infelizmente muitas vezes eles não conseguem passar da fase da dinâmica de grupo? Conheço muito amigos analistas que tinham as melhores notas e que infelizmente se frustaram repetidas vezes nestes processos. Sempre batendo na trave, mas não emplacando. O que eu percebo é que  a maior parte destas empresas que lança um processo seletivo de trainee, com vaga para relações internacionais, não tem uma vaga tão clara para nossa área. É diferente, por exemplo, do candidato formado em direito, que certamente se candidatará para a área jurídica da empresa. O analista internacional pode atuar em várias frentes: supply chain, logística, marketing, vendas, entre outras.
Por isso vai a minha dica: quando você se inscrever neste processo, tente conhecer ao máximo o perfil da empresa, e dentro dele, em quais áreas você gostaria de trabalhar. Definida a área de sua preferência, não fique tentando explicar ao seu possível contratante o que faz um profissional de RI e nem para que serviu seu curso de graduação. Demonstre para ele o que VOCÊ PODE FAZER PELA EMPRESA. Se optou por logística, explique de que forma seus conhecimentos na área e seu talento individual irão acrescentar para o trabalho desenvolvido pela empresa, e não que você viu umas atérias isoladas sobre o assunto na faculdade. A pessoa que pretende te contratar está interessada no que VOCÊ PODE FAZER POR ELA, e não em tentar buscar o verdadeiro talento do candidato.
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Muitas pessoas não fazem idéia do que um analista internacional faz. Muitas inclusive nos confundem com Comércio Exterior, Negócios Internacionais e suas variações. Os nossos avós certamente acham muito bonito dizer que seu neto ou neta faz um curso “chique” e fala vários idiomas. Infelizmente não são somente eles que pensam assim. O mercado de trabalho ainda não sabe ao certo o que fazemos. Há aqueles ainda que acham que o curso de Relações Internacionais é um curso de “cultura geral”. Não, ele não é um curso de cultura geral, muito embora ele possua certas nuances desta natureza. Onde nos encaixamos? Cabe a nós, os profissionais, encontrar um lugar ao sol. Mostrar a que viemos ao invés de ficarmos nos lamentando quão amargo e feroz o mercado se mostra pra nós.
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Não seja mais um na multidão: é preciso destacar-se de maneira positiva
Se não existe a vaga dos nossos sonhos, de analista internacional, escolha uma das vertentes que nossa formação nos possibilita e direcione sua carreira à ela. Se você é formado em RI, mas gosta ou tem habilidades voltadas para o Comércio Exterior, porque não buscar um estágio (para aqueles que acabaram de entrar) ou uma pós-graduação na área? Por que não se matricular naquela disciplina optativa que fala desse assunto para ver se esta seria uma opção pra você?
Há muitas pessoas ainda que fazem duas faculdades por não saberem se serão profissionais bem sucedidos se se formarem apenas em Relações Internacionais.Não tenho nada contra elas. Conhecimento nunca é demais. E as vezes você acaba descobrindo que gosta mais do outro curso. No entanto, o que eu acredito que gera tamanha dúvida é a falta de experiência na área, que poderia ser suprida com um estágio. Todos os cursos de Relações Internacionais são demasiadamente teóricos o que nos gera ainda mais ansiedade quando vamos definir nossas ambições profissionais.
Por isso, seja em qual fase de angústia profissional você estiver, tenha sempre FOCO. Onde você está situado profissionalmente hoje e onde gostaria de chegar. Quais passos você deve seguir para alcançar seus objetivos: um  novo intercâmbio? Uma nova experiência profissional? Uma nova pós ou mestrado? Um certificado de idiomas? Conitnuar neste emprego ou buscar um melhor? Seja qual for o caminho tenha em mente seus objetivos pessoais e profissionais para depois não se arrepender e fica filosofando sobre ” e se eu tivesse feito diferente?………………”
Continua num próximo capítulo….
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Internacionalista, mineira, radicada no Rio de Janeiro desde 2012. Idealizadora/Fundadora do What's Rel? (2011). Business Development Latin America para uma empresa canadense de engenharia, sócia da PAR Consultoria, e grande entusiasta da carreira de R.I. :)

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