ONU quer maior presença do Brasil no mercado de e-commerce

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Para as Nações Unidas, país deve aproveitar melhor o comércio online para alcançar novos mercados e gerar oportunidades econômicas, incluindo postos de trabalho. Projeto “eTrade for all” foi lançado para auxiliar na difusão de técnicas e financiamento

Uma dica importante para internacionalistas que desejam empreender: o mercado de e-commerce internacional está cada vez mais em expansão e os organismos internacionais querem que o Brasil amplie sua presença no setor.

Para a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)que acontece nesta semana e termina na sexta-feira (22), os países em desenvolvimento precisam aproveitar as oportunidades crescentes do comércio eletrônico, um mercado avaliado em cerca de 22,1 trilhões de dólares em 2015 — aumento de 38% na comparação com 2013,

Ao permitir acesso a novos mercados, o comércio online pode gerar oportunidades econômicas, incluindo postos de trabalho, segundo a conferência das Nações Unidas.

Contudo, esse mercado ainda é desigual nos diferentes países. Enquanto mais de 70% das pessoas compram online na Dinamarca, Luxemburgo e no Reino Unido, o cenário é bem diferente na maior parte dos países em desenvolvimento. Em Bangladesh, Gana e Indonésia, por exemplo, apenas 2% ou menos da população compram pela Internet.

“Uma enorme divisão está se abrindo entre países que estão explorando as oportunidades (do comércio eletrônico) e aqueles que não estão”, disse o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi.

O comércio eletrônico inclui tanto negócios entre empresas como entre empresas e consumidores, avaliados, respectivamente, em cerca de 19,9 trilhões e 2,2 trilhões de dólares, de acordo com novos dados da UNCTAD. Esse comércio é na maior parte das vezes doméstico, mas está se tornando cada vez mais internacional, disse a conferência da ONU.

Comércio eletrônico ainda tem baixo faturamento no Brasil

Os novos dados da UNCTAD mostram que o comércio eletrônico está crescendo rapidamente, com as economias emergentes respondendo pela maior parte desse avanço.

A China é atualmente o maior mercado de comércio eletrônico entre empresas e consumidores do mundo, tanto em termos de vendas como em número de compradores. O faturamento desse setor no país foi de 623 bilhões de dólares em 2015, com 413 milhões de compradores.

O Brasil está em sexto lugar em termos de números de usuários, com 33 milhões, mas seu faturamento ainda é pequeno, de 12 bilhões de dólares em 2015, diante do baixo valor médio das compras anuais (376 dólares). A Rússia, por exemplo, aparece com um número de consumidores online próximo ao brasileiro, de 30 milhões, mas com um mercado de 23 bilhões de dólares, reflexo do tíquete médio anual de 756 dólares.

Na Índia e na Coreia do Sul, o comércio eletrônico tinha 22 milhões de consumidores em 2015, movimentando 20 bilhões e 48 bilhões de dólares, respectivamente.

Veja abaixo quadro comparativo publicado pela UNCTAD

 

Projeto “Comércio para Todos”

Para impulsionar esse mercado, a conferência das Nações Unidas que ocorre em Nairóbi, no Quênia, até sexta-feira (22), lançou o projeto “eTrade for all” (comércio eletrônico para todos), que reúne organizações internacionais, doadores e empresas com o objetivo de desenvolver o acesso dos países a técnicas de ponta e dar aos doadores mais opções de financiamento.

“Estou muito contente com essa colaboração com nossos parceiros, que finalmente dá à comunidade global uma plataforma efetiva para ajudar os países em desenvolvimento a acessar os benefícios do comércio eletrônico”, disse Kituyi.

Com forte envolvimento do setor privado e com recursos dos governos do Reino Unido, Suécia, Finlândia e Coreia, a iniciativa vai apoiar os países em desenvolvimento que expressarem interesse em impulsionar seu comércio eletrônico.

O programa também ajudará os países em desenvolvimento em sete áreas, incluindo acesso ao comércio eletrônico, infraestrutura de tecnologia de informação e comunicação, pagamentos, logística, modelos legais e regulatórios, desenvolvimento de habilidades e financiamento para o e-commerce.

Com informações da ONU BR

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