Missões Internacionais de Petróleo & Gás: Noruega e Alemanha

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Caros Colegas Analistas,
Há algumas semanas não consigo atualizar o blog pois meu trabalho vinha me consumindo muito tempo e energia. Eu estava organizando e participando de duas missões internacionais na área de petróleo, gás e inovação (na qual trabalho há cerca de um ano) e por isso não tive como marcar presença aqui no blog.
Assim, achei bastante justo compartilhar com vocês um pouco desta experiência profissional que tive recentemente, até para que vocês pudessem conhecer um pouco mais sobre a atuação de um analista internacional no mercado do petróleo e gás.
Durante uma semana estive na cidade de Bergen, na Noruega, onde se localiza um dos maiores clusters de subsea do mundo. Nos dias 18 e 19 e junho, participei de uma feira, a UTC, acompanhando uma delegação brasileira interessada em prospectar negócios nesta área, trazendo para o Brasil o que há de mais moderno em equipamentos e serviços. Nesta missão, eu participei como membro da delegação, representando uma instituição e agora estamos em fase de redigir os relatórios. Assim, as empresas que foram na missão, e aquelas que não puderam comparecer, terão acesso às informações levantadas durante esta viagem.
delegacao-utc-noruega
Delegação brasileira na UTC
Uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre o setor e de fazer networking de altíssima qualidade. Além disso, por ja ter morado na Noruega, tive a oportunidade de rever lugares, e experimentar de novo o melhor chocolate do mundo, na minha opinião, bem como arranhar o meu norueguês que estava adormecido por falta de prática.
A visita à feira foi muito produtiva e, antes disso, ainda tivemos a oportunidade de visitar algumas plantas fabris e fomos muito bem recebidos. Outro ponto alto da visita foi o jantar que nos foi oferecido pelas empresas que nos receberam, em que pudemos degustar outras delícias locais como o carpaccio de carne de baleia e o bacalhau  direto da fonte (ainda não salgado, conhecido como Kod fish). Não subestimem a importância dos jantares nessas ocasiões, pois são os melhores momentos para realizar networking. Durante a feira e as reuniões, todo mundo está sempre muito focado no produto e serviço, e não sobra muito tempo pra interagir. Importante frisar isso pois, muitas vezes, nas missões internacionais, ocorrem oportunidades de negócio entre as empresas brasileiras que fazem parte da delegação, antes mesmo de terminada a viagem.
Infelizmente eu não posso mencionar aqui mais informações sobre a viagem, mas acho que deu uma pequena ideia sobre a atuação na área.
Na missão à Alemanha o meu papel foi outro. Minha empresa foi contratada para fazer a missão, do início ao fim e, por isso, fiquei responsável por montar toda a agenda de reuniões, visitas e conteúdo do trabalho. Tudo começou com uma pesquisa de mercado, identificando os potenciais para parcerias entre Brasil e Alemanha, no setor de petróleo e gás, em nove segmentos especificos. Estávamos representando cerca dez empresas brasileiras, e cobrimos duas regiões específicas na Alemanha, onde se concentra a maior parte das empresas destes segmentos no país.
Depois de identificados os potenciais parceiros, é preciso pensar em toda a logistica da viagem, e sempre ter uma lista de contatos no seu plano B, afinal, nem todo mundo tem disponibilidade pra te receber de acordo com a sua agenda. Daí começou a loucura de tentar acompanhar o fuso horário da Alemanha para fazer as ligações dos agendamentos. Levantando de madrugada e trabalhando também em horário integral brasileiro. Vocês podem imaginar a minha alegria quando eu finalmente voltei da viagem e consegui dormir uma noite inteira, não é?
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Reunião em uma das empresas alemãs
Todo o esforço valeu muito a pena dado que não somente nossos clientes brasileiros, mas também as empresas alemãs ficaram muito satisfeitos com o resultado da viagem. No presente momento estamos trabalhando na redação dos relatórios para formalizarmos a coleta de dados. Preciso dizer que fiquei impressionadissima com as empresas visitadas e como os alemães investem em pesquisa e desenvolvimento.
Para nós, analistas internacionais, o que vejo como diferencial de nossa atuação neste tipo de trabalho é como lidamos com as diferenças culturais para construir as pontes entre as outras culturas e a nossa, levando em consideração as expectativas de tantos stakeholders envolvidos. É dominar outro idioma, ser comunicativo, se adaptar com facilidade a ambientes hostis. Saber como lidar com pessoas tão diferentes dentro de um mesmo grupo. Gerenciar divergências de opinião e aprender sobre qualquer coisa, nas situações adversas. Foi a minha primeira viagem à Alemanha e no fim deu tudo muito certo.
Que venham as próximas!
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Internacionalista, mineira, radicada no Rio de Janeiro desde 2012. Idealizadora/Fundadora do What's Rel? (2011). Business Development Latin America para uma empresa canadense de engenharia, sócia da PAR Consultoria, e grande entusiasta da carreira de R.I. :)

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