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Como escolher sua carreira? – Parte 2

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Caros Colegas,

Na semana passada postei aqui a parte 01 de uma série de posts relacionados a dicas para guiar seu processo de tomada de decisão na escolha de sua carreira. Falei sobre como este processo se deu para mim e o curso que estou fazendo na Universidade de Londres para poder embasar estes posts que escrevo para vocês nesta série.  (Para quem chegou agora, você pode ler o primeiro post clicando aqui).

Antes de começar a parte 02, gostaria de reiterar o que venho dizendo há tempos: tudo que escrevo aqui serve para te dar aquela luz que talvez esteja lhe faltando neste processo. A tomada de decisão em si, é sua, e com ela toda a responsabilidade pela sua escolha. O que dá certo para uma pessoa, pode não dar para outra e os exemplos para mim servem como fonte de inspiração e não como receita de bolo.

Depois de falar sobre o que é necessário para prosperar, conhecimento e habilidades e seus objetivos profissionais, a parte 02 deste post trás o seguinte tópico para reflexão: Entenda seus valores e o que é importante para você.

Não adianta eu ficar aqui escrevendo que devemos buscar um equilíbrio na nossa vida profissional e pessoal, entre outros clichês que escutamos por aí. Cada um sabe, ou deveria saber, o que é melhor para si. Mas porque definir seus valores é tão importante na escolha da sua carreira? Porque seus valores é que vão determinar o seu comportamento objetivando o alcance de resultados e, na medida em que você tem valores mais claros, vai ter, por consequência, melhores opções para escolher na sua carreira.

Assim, faça uma pequena análise sobre você mesmo:

-Tente listar com clareza quais são suas prioridades na vida;

– Você consegue definir sua identidade? Que valores lhe definem?

– Pense que seus valores devem ser os mesmos da organização para a qual você trabalha ou deseja trabalhar. De nada adianta você, pessoalmente, valorizar os direitos humanos se a empresa para a qual você trabalha explora a mão de obra infantil na Ásia.

Dentro destes três itens que coloquei acima para sua análise você deverá entender quais são seus valores e qual relevância eles apresentam na sua vida. Muitas vezes ao fazer esta análise somos pegos em algumas armadilhas da vida, pois em muitos casos nos baseamos em nossas experiências prévias do que deu errado e do que deu certo. Ou ainda, na experiência de outras pessoas. Às vezes, porque você teve uma experiência muito ruim num emprego anterior, você quer tenta compensá-la no seu próximo emprego, tratando este fato como uma prioridade e se esquecendo dos seus outros valores. É como se o fato de não ter tido uma boa infraestrutura de trabalho no primeiro emprego, se tornasse uma prioridade acima de ter um bom clima organizacional, e na sua escolha, você só consiga enxergar os computadores novos ou não do seu próximo emprego, sem conseguir avaliar com clareza se o local de trabalho lhe proporcionará um ambiente sadio, e assim por diante.

Além disso, tenha em mente que, ao longo do tempo, seus valores provavelmente irão mudar. E isso não significa falta de ética ou de caráter. Alguns valores decorrerão de um novo contexto. Hoje, sendo uma pessoa solteira, talvez sua prioridade seja fazer muito dinheiro. Mas amanhã, com família e filhos, sua prioridade seja flexibilidade no trabalho, e uma cifra menor no fim do mês. O importante é estar constantemente ligado nessas mudanças.

Uma vez identificados seus valores, faça-se as seguintes perguntas:

-Qual o preço você está disposto a pagar por estes valores?

-Como você vai saber que suas necessidades estão sendo satisfeitas?

-Que diferença as outras pessoas vão perceber quando você alcançar estas necessidades?

Porque ao definir seus valores você precisa pensar numa forma de mensurar o seu grau de satisfação. Do contrário serão só palavras ao vento!

Se você já tem alguns anos de carreira e está refletindo sobre mudar de área ou de emprego, você pode fazer a análise da seguinte forma: faça uma linha do tempo colocando em ordem cronológica todos os empregos pelos quais passou, seus pontos fortes e fracos e veja se os problemas se repetem ou não. Veja quais têm sido suas prioridades ao longo deste tempo e como você tem as tratado. Você provavelmente vai se surpreender. Como resultado deste exercício, talvez seja hora de se propor fazer coisas fora as sua zona de conforto e experimentar novas reações.

Bem, acho que por hoje já temos reflexões o suficiente. Em breve, escreverei aqui a parte 03 desta série.

Deixe sues comentários aqui!

Até a próxima!

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Internacionalista, mineira, radicada no Rio de Janeiro desde 2012. Idealizadora/Fundadora do What's Rel? (2011). Business Development Latin America para uma empresa canadense de engenharia, sócia da PAR Consultoria, e grande entusiasta da carreira de R.I. :)

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