Seguindo a nossa série de entrevistas com profissionais formados em Relações Internacionais que atuam em diferentes setores, hoje, o What´s Rel? traz a experiência do analista internacional Ricardo Senfft.
Formado em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UniLasalle – Niterói, Ricardo possui mais de 10 anos na área de exportação e importação, com uma trajetória que passou por grandes empresas do setor privado relacionadas ao Comércio Exterior.
Já atuou no setor de petróleo e gás como Executivo de Compras no escritório brasileiro da World Fuel Services por mais de 12 anos e hoje, ocupa o cargo de Bunker Trader na Ipiranga.
Continue a leitura para conhecer um pouco mais das oportunidades do setor privado, além de ficar por dentro das dicas de soft e hard skills e se preparar para se destacar nesse mercado!
1. Ricardo, primeiramente, o que o motivou a optar pelo curso de Relações Internacionais?
Quando eu estava prestando o vestibular em 2004, o curso de Relações Internacionais ainda era algo novo no meio acadêmico (somente 3 faculdades no Rio de Janeiro ofereciam o curso). Essa novidade inspirou a minha curiosidade e o interesse por assuntos internacionais me motivaram a optar por este curso.
2. Quais características e aprendizados do curso de Relações Internacionais que mais contribuíram para seu desenvolvimento profissional?
O entendimento do contexto socioeconômico foi o mais fundamental porque entendendo-o podemos analisar e tomar decisões mais conscientes na nossa vida profissional e pessoal.
3. Com uma vasta experiência no mercado de trabalho, você já atuou em diversas empresas de grande porte. Poderia nos contar como se destacou na admissão dessas oportunidades?
A fluência em línguas estrangeiras é fundamental para a vida do internacionalista. Inglês é básico atualmente e quanto mais idiomas a pessoa tiver fluência, mais interessante se torna o seu currículo. Experiências de vida e vivência internacional (tanto em intercâmbios e viagens) também contam muito pois o candidato chega com uma outra visão de mundo.
4. Hoje você atua na área de Comércio Exterior. Como é o trabalho de um internacionalista nessa área?
Imprevisível. Como a nossa área de atuação ainda é muito indefinida, nós temos que ter flexibilidade para encarar os desafios que nos serão propostos.
Eu trabalhei 2 anos em uma empresa de Logística porém hoje atuo na área de Petróleo e Energia. A flexibilidade para se adaptar e entender os contextos nos quais atuamos é de extrema importância para o internacionalista.
5. Como internacionalista, quais foram seus maiores desafios em relação ao mercado de trabalho?
Achar um nicho de atuação. A carreira do internacionalista ainda é muito indefinida e abrangente, portanto, o próprio profissional tem que decidir onde pretende focar a sua atuação.
6. Quais são as oportunidades de trabalho para um analista internacional no setor de petróleo, gás e energia?
A área de comércio exterior oferece muitas oportunidades e tudo vai depender de onde o profissional pretende focar os seus esforços e desenvolvimento profissional. Há opções ligadas a operações de navios e plataformas, migrar para a área de direito e/ou funções ligadas a área comercial de empresas.
7. Para além da graduação, como um estudante de Relações Internacionais pode se preparar para atuar no setor de petróleo, gás e energia?
Expandir a sua área de conhecimento. Diversas universidades oferecem cursos de curta duração em temas diversos, inclusive com muitas opções online e a distância. Por exemplo, pela plataforma EDx, você consegue encontrar cursos de universidades americanas como Harvard e Columbia de graça e online.
8. O que te motivou a cursar uma pós-graduação em Gestão de Negócios?
Para expandir a minha área de atuação, decidi complementar a minha formação acadêmica com uma pós-graduação focada em Gestão de Negócios.
Durante este curso, pude aprender mais sobre matemática financeira e gestão de pessoas que são matérias que não temos nos cursos de graduação em Relações Internacionais e são aspectos fundamentais para podermos atuar em grandes empresas.
9. Além do inglês, você também tem conhecimento do espanhol. Em que medida acredita que o domínio de outras línguas interfere no seu cotidiano no trabalho e na sua carreira em longo prazo?
Ter o conhecimento de outros idiomas é sempre um diferencial no mercado de trabalho. Não só pelo aspecto prático de poder lidar com empresas ou filiais em outros países mas também pelo aspecto humano pois você consegue se conectar com os seus colegas não só no lado profissional mas também no pessoal.
10. Quais dicas você daria para um internacionalista recém formado entrando no mercado de trabalho?
- Tente aprender idiomas. É sempre um diferencial em entrevistas.
- Expanda a sua área de conhecimento. Ter curso de extensão em outras áreas irá complementar a sua formação.
- Seja flexível em suas decisões e aprenda a trabalhar em equipe
Gostou de conhecer mais uma das possibilidades de carreira para um internacionalista? Conta para a gente qual outro campo você gostaria de conhecer e suas dúvidas sobre o mercado! 🙂
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