Internacionalista conta sua experiência de voluntariado na Cruz Vermelha Brasileira

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Olá, leitores do What’s Rel? Sou Amanda, tenho 20 anos e estudo Relações Internacionais na UERJ. Atualmente curso o terceiro semestre e vim contar um pouco da minha experiência com o voluntariado no departamento de Restabelecimento de Laços Familiares da Cruz Vermelha Brasileira.

No segundo semestre de 2018 iniciei minha trajetória como voluntária da Cruz Vermelha Brasileira (CVB) que é uma Organização Internacional Não – Governamental cujo objetivo é amenizar o sofrimento humano em situações de conflitos armados, perseguições, desastres naturais, as quais podem motivar a migração internacional. Além disso, há vários projetos para atender às comunidades próximas às filiais estaduais da instituição como, por exemplo, doações de roupas, cestas básicas, atendimento aos moradores de rua, cursos de capacitação, assistência psicossocial, dentre outros.

A instituição é organizada em departamentos que cuidam dos projetos, o que mais recebe estudantes de Relações Internacionais é o departamento de Restabelecimento de Laços Familiares (RLF), pois, o trabalho é voltado para atender pessoas em situação de migração internacional às quais perderam o contato com seus familiares do seu país de origem. Os meios para conectar as pessoas novamente vão do mais simples, como oferecer uma ligação para o migrante conversar com seus entes, aos mais complexos, como fazer um trabalho de busca.

Uma vez realizado o contato, o beneficiário daquela ação é acompanhado pelo RLF para manter as relações com a família. A solicitação de busca parte de uma Sociedade Nacional de um país para a Cruz Vermelha Brasileira com o objetivo de encontrar alguém que perdeu por completo o contato com sua família no país de origem do pedido. Esta ação é a mais realizada no departamento.

O voluntário do RLF atua também apurando dados de uma solicitação de busca, comunica-se com diferentes instituições dentro e fora do Brasil a fim de obter informações, avalia as principais necessidades e dificuldades encontradas pelos refugiados ao chegar no país (empregabilidade, estudos, moradia, alimentação). Compila dados quando ocorre um desastre natural de grandes proporções, como o crime ambiental em Brumadinho – MG.

Para trabalhar de modo eficiente caso sejam acionados seus serviços, cria mecanismos para encaminhar pessoas que procuram o departamento e não estão dentro dos critérios de atendimento, dentre outras atividades. Todo o trabalho é feito através de uma plataforma criada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), localizado em Genebra, Suíça para que tenha a melhor proteção de dados possível, porque há pessoas que têm receio de serem encontradas por seu país de origem, visto que muitas fogem devido à perseguição política, religiosa, étnica, etc.

Para aqueles que procuram pela primeira experiência profissional, o voluntariado é uma boa opção, pois, proporciona o convívio com diferentes pessoas em ambiente formal, a prática na solução rápida e eficiente de problemas, incentiva a produtividade, exige a melhor distribuição e organização de tarefas. Além disso, ajuda no desenvolvimento e/ou aprimoramento de habilidades, melhora a comunicação em outros idiomas e, ainda, permite exercitar a empatia realizando ações que farão o bem a pessoas que já sofreram muito e buscam um recomeço. Minha experiência foi enriquecedora e sou grata a equipe de RLF por todo o conhecimento compartilhado e acolhimento.

Esse post foi produzido pela estudante de Relações Internacionais da UERJ e Leitora do What’s Rel? Amanda Pereira com apoio da estudante de Relações Internacionais da UFRRJ e Colaboradora Voluntária Glayceane de Souza.

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