Uma das maiores ferramentas exigidas pelo mercado de trabalho, sobretudo na carreira dos internacionalistas, é o nosso conhecimento em idiomas. Sim, ferramenta, porque falar um idioma estrangeiro na vida do internacionalista não é o ‘fim’, e sim o ‘meio’ pelo qual exercemos as nossas funções e atividades, logo, é uma ferramenta e não nosso objetivo de carreira.
Dito isso, eu já perdi as contas de quantos alunos do meu curso ‘Empregue-se, Internacionalista!’, ou mesmo meus leitores e seguidores do @whatsrel me perguntaram: “Como saber qual nível de inglês colocar no meu currículo?”
Essa dúvida é muito grande, especialmente para as pessoas que tiveram pouca prática no mercado de trabalho ou mesmo na vida no uso do idioma estrangeiro.
Alguns, por insegurança, acabam colocando um nível abaixo do que realmente conseguem performar, por medo de criar expectativas em seus (futuros) empregadores caso sejam contratados e não consigam ‘entregar aquilo que prometeram’. Preferem ter a oportunidade de surpreender positivamente na eventualidade de uma contratação. Porém, este é um movimento bastante arriscado, pois um candidato à determinada vaga pode simplesmente não ser nem chamado para uma entrevista, pois o nível indicado no currículo não atende aos critérios mínimos. Você já havia parado para pensar nisso?
Por outro lado, indicar um nível de fluência superior à sua realidade pode gerar grandes constrangimentos e até problemas mais sérios, quando seu empregador te contratou contando com esta sua habilidade e, quando chega na hora, você não consegue ‘entregar o que prometeu’. Para além de um grande mal-estar, você pode comprometer sua reputação profissional, causar danos inimagináveis ao seu contratante e ser até demitido. Nenhuma destas possibilidades me parecem promissoras.
Vale lembrar que, tanto no caso de colocar um nível abaixo quanto um nível acima, eu estou partindo do pressuposto que as pessoas fazem isso por insegurança e desinformação, não por questões de falta de ética.
Mas como então saber o seu nível de proficiência em inglês de maneira mais assertiva?
Se você não teve muita oportunidade de praticar seus conhecimentos e habilidades em inglês, de modo a ter confiança e assertividade na sua autoavaliação, você pode optar por realizar um teste de nivelamento, seja ele gratuito ou pago.
Se seu objetivo for apenas entender qual o seu nível de proficiência para poder indicar no seu currículo, de maneira que você se sinta mais confortável e seguro; ou mesmo de poder canalizar seus esforços para melhorar sua fluência no idioma em alguns pontos específicos, um teste gratuito já seria suficiente.
Vários cursos de idiomas disponibilizam testes online e gratuitos para que assim possam atrair eventuais alunos e direcioná-los na hora de se matricularem em seus cursos pagos. Você pode se utilizar de um deles, ou até de mais de um, e verificar qual o seu nível de fluência em inglês.
Para eu não ficar fazendo jabá para nenhum curso de inglês que possui tais testes, minha sugestão é você jogar no Google ‘teste de nivelamento de inglês gratuito’, e escolher qual deseja fazer. Como eu disse, você pode optar por fazer em mais de um site, se isso for te trazer ainda mais segurança.
Agora, se você precisa de uma comprovação de nível internacional para algum outro objetivo específico como: aplicar para mestrados ou doutorados internacionais, se inscrever em programas de intercâmbio, conquistar alguma vaga de emprego que exija uma certificação, aplicar para concorrer a alguma bolsa de estudos no exterior, dentre outras coisas, o teste de nivelamento pago é a melhor opção.
Isto porque, como resultado destes testes pagos, você obterá um certificado com base no Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas – QCERL ou, em inglês, Common European Framework of Reference for Languages – CEFR.
Tais certificados estabelecem um parâmetro internacional de padronização da proficiência dos idiomas (não somente de inglês) em níveis. É uma maneira de comprovar seu grau de entendimento de uma língua estrangeira.
Estas classificações possuem três categorias e, dentro delas, duas subdivisões:
- A (Básico) – subdivisões: A1 e A2
- B (Independente) – subdivisões: B1 e B2
- C (Proficiente) – subdivisões: C1 e C2
Algumas literaturas apontam que o nível B, com suas subdivisões de B1 e B2, tenham uma variação mais ampla entre os níveis intermediário e avançado. Por isso, a denominam como ‘independente’ pois, para mais ou para menos, o indivíduo é capaz de se comunicar de maneira independente.
Caso seja do seu interesse realizar algum dos testes pagos em inglês, como o Cambridge, TOEFL ou IELTS (para citar os mais famosos), vale a pena você verificar o seu objetivo com este certificado, e entender qual deles é o mais adequado para você e qual o nível você deve obter.
Alguns programas de intercâmbio ou bolsas de estudos no exterior, por exemplo, aceitam qualquer um deles, mas outros são mais específicos. Ou, aceitam todos os certificados, porém níveis de fluência diferentes. Então cabe uma pesquisa mais aprofundada e individualizada de acordo com os seus objetivos.
É importante ressaltar que existe este tipo de certificação para diversos idiomas, mas como o inglês é o idioma estrangeiro mais importante na carreira do internacionalista, este post foi focado nele.
E você, achou este conteúdo útil? Já fez algum desses testes?
Escreve aqui nos comentários.
E se você quer entender a melhor forma de abordar este assunto em processos seletivos, seja na elaboração do seu currículo ou durante uma entrevista de trabalho, inscreva-se na lista de espera do curso ‘Empregue-se, Internacionalista!’ e aprenda a melhor maneira de se apresentar aos recrutadores e contratantes, e a vender o seu peixe.
Porque na maioria das vezes o que te falta não é qualificação, mas conhecimento sobre o que você pode entregar enquanto internacionalista ao ocupar o cargo que almeja.
Até mais!